segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Base aliada do Governo montou uma farsa para proteger corruptores

Deputado federal Onyx Lorenzoni

O deputado Onyx Lorenzoni (Democratas-RS) afirmou, nesta quarta-feira (31), que a base aliada montou uma farsa para proteger corruptores da organização criminosa comandada por Carlos Cachoeira. O parlamentar criticou a proposta do PT de prorrogar por apenas 48 dias o trabalho da CPMI já protocolada na secretaria-geral do Congresso Nacional. “Esse prazo que termina na antevéspera de Natal significa um presente para o maior esquema de corrupção que o Brasil começou conhecer”, afirmou. Lorenzoni defendia a prorrogação por 180 dias, prazo máximo permitido pelo regimento do parlamento.
Em reunião hoje na CPMI do Cachoeira, a maioria dos integrantes da comissão alinhados com o governo, votaram pelo adiamento da votação da quebra de sigilo de 13 empresas laranjas da Delta. Para o democrata, ao se negar a aprovar a transferência de sigilos a CPMI foi sepultada. “Esses dados mostrariam todo o caminho do dinheiro da Delta. Até agora, já identificamos R$ 420 milhões transferidos da maior construtora do governo federal para essas empresas de fachada. A continuidade dessa investigação revelaria envolvimento de governos e órgãos do governo”, enfatizou o deputado. Na visão de Lorenzoni só fazia sentido a extensão do trabalhos da comissão a partir da autorização dessas transferências de dados.
“Eu tinha a esperança que essa CPMI iria investigar profundamente os corruptores”, lamentou.
A partir do resultado da reunião de hoje, Lorenzoni anunciou que ele e outros parlamentes do bloco apelidado de independente, entre eles, os senadores Pedro Taques, Randolfe Rodrigues e o deputado Rubens Bueno, apresentarão um relatório a Procuradoria-Geral da República com todos os dados já apurados pelas assessorias técnicas de seus partidos. A intenção é permitir que o Ministério Público possa dar continuidade a investigação interrompida pela CPMI.
O deputado, na sessão desta quarta-feira, ainda protestou contra a não convocação dos ex-diretores da empresa Sigma, adquirida pela Delta. Segundo Onyx, a Sigma foi responsável por ter intermediado contrato entre a Delta e a Petrobras, quando houve pagamento de R$ 5 milhões de propina. Na época, a Delta contratou o ex-ministro José Dirceu como consultor para facilitar o trânsito com a estatal, afirma Lorenzoni. “O requerimento de convocação foi aprovado no dia 5 de junho. houve uma operação abafa e propositalmente os ex-diretores da Sigma não foram convocados”, pontuou.
Fonte: Assessoria de Imprensa Democratas