Inflação acima da meta, burocracia asfixiante, administração desastrosa da gestão pública, carga tributária elevada e truculência intervencionista, como agora se vê no setor elétrico, são ingredientes que dificultam a expansão dos investimentos.
O governo está se intrometendo em tudo. Um exemplo inequívoco dos efeitos da pesada intervenção estatal pode ser constatado na Petrobras, que em 2012 colheu uma queda de 36% no lucro (R$ 21,2 bilhões). É o pior resultado dos últimos oito anos.
Ontem, com o anúncio do fraco desempenho, as ações da Petrobras despencaram 8,28% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o menor valor desde dezembro de 2005. O prejuízo fez a estatal descer para o 8º lugar no ranking global das petroleiras.
O crescente endividamento da empresa também preocupa. No final do ano passado, a dívida líquida da Petrobras cresceu 43%, pulando para R$ 147,8 bilhões. Essa cifra representa 30% do patrimônio líquido da empresa. Se chegar a 35%, a estatal pode perder o grau de investimento.
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