Presidente Nacional do Democratas José Agripino |
Além das manifestações nas redes sociais durante toda o final de semana, a reação negativa contra a presidente Dilma Rousseff na Copa das Confederações teve repercussão internacional em jornais como o El País (espanhol), Le Monde (francês), Clarín (argentino) e a agência britânica BBC. “Apesar da queda de sete pontos em sua popularidade, certamente a presidente Dilma estava confiante de que seria aplaudida no evento. Mas foi o contrário. A classe média, que pôde pagar pelo ingresso, vaiou a presidente porque quis dar seu recado”.
Agripino citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram que, apesar de o governo anunciar aos quatro cantos que não há mais miseráveis no país, 23 milhões de pessoas voltaram à linha da pobreza. “A classe média está agredida porque está comprando menos que conseguia há um ano. O próprio IBGE divulgou que a classe média cresceu a renda em 6%, de 2012 para 2013, mas suas despesas cresceram 23%”, contou o líder democrata.
José Agripino disse ainda as vaias contra a presidente Dilma atingem a classe política como um todo. “Ela é política como eu e não é bom ver alguém que exerce atividade semelhante a sua ser alvo da avaliação repetida de 65 mil pessoas. Agora é importante refletir as razões da vaia para que se tire uma lição dela e o Brasil ganhe com aquela manifestação. O governo precisa dar uma resposta. E falo aqui como um brasileiro que quer que o país dê certo”.
Por Fernanda Domingues